A crise da Zona Euro revelou divergências significativas nas trajetórias do desemprego entre (grupos de) países, conduzindo no conjunto a um aumento dos diferenciais de desemprego em toda a UE. Estes percursos de desemprego heterogéneos refletem, de certa forma, os diferentes canais através dos quais a crise atingiu diferentes partes da UE e as diferentes políticas que foram implementadas para corrigir os choques económicos daí resultantes. Esta nota de investigação procura analisar a forma como estas experiências diferentes ocorreram nos mercados de trabalho dos 28 países da União Europeia, com base numa nova aplicação de uma técnica padrão de decomposição micro-econométrica. A análise revela variações significativas entre os países em várias dimensões: a extensão da exposição ao choque negativo da crise; o tempo e a duração do choque; o grau e o ritmo de recuperação posteriores; e, mais importante, a extensão e o tipo de ajustamentos no mercado de trabalho em relação aos choques positivos e negativos. Labour market adjustments during the crisis and the role of flexibility