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Feliz dia das Mães

Só após a revolução de 25 de Abril de 1974 é que as mulheres puderam ingressar nas Magistraturas, nas Forças Armadas e, sem limites de funções, também nas Forças de Segurança.

O 25 de Abril de 1974 assinala, assim, o fim do Estado Novo e da ditadura autoritária, que condicionava o acesso livre das mulheres a muitas profissões.

Antes da Revolução de 25 de Abril de 1974 a magistratura era uma profissão vedada às mulheres.

Em 2013, um estudo efetuado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra dava nota de que as magistraturas, assim como a generalidade das profissões jurídicas, têm registado uma crescente feminização.

Os últimos dados disponíveis dizem-nos que, em 2022, do total de 1728 pessoas na magistratura, 1105 são mulheres (quase 64%).

Nas Forças Armadas, só no final da década de 80 é que as cidadãs portuguesas puderam integrar o serviço militar voluntário, tendo sido a Força Aérea, em 1988, o primeiro ramo a integrar a participação de mulheres, seguindo-se-lhe o Exército e a Marinha (1992).

Atualmente, o número de mulheres no efetivo das Forças Armadas é de cerca de 13%, um número superior aos cerca de 10% registados em 2015.

Ao contrário de outros países, desde 2008 que as militares portuguesas não têm qualquer tipo de restrições de acesso a classes e especialidades.

Já nas Forças de Segurança, apesar de, pelo menos desde o ano de 1922, existirem mulheres na polícia, oficialmente, o recrutamento de guardas femininas só foi permitido em 1945, mas com muitas limitações quanto às funções que podiam desempenhar.

Em 1972, é aberta a primeira escola para polícias femininas, estando-lhes destinado ocupar serviços administrativos, de vigilância de mulheres e crianças, bem como a colaborar nos serviços de trânsito, fiscalizando infrações e protegendo crianças, pessoas idosas e deficientes físicas, tudo funções que pressuponham a proximidade com as pessoas.

A Polícia de Segurança Pública foi a primeira força de segurança a admitir mulheres, mas só após o 25 de Abril de 1974, é que as mulheres polícia passaram a poder desempenhar todo o tipo de funções, sem limitações.

Em 2023, do total de 21.432 efetivos da PSP, 19.091 eram homens e apenas 2.341 eram mulheres.

Muitas destas mulheres, que exercem hoje as suas profissões de forma livre e em igualdade de oportunidades com os homens, rompendo preconceitos e eliminando estereótipos de género, são, simultaneamente, Mães. E são-nos todos os dias e a tempo inteiro.

Que todas as Mães, de todas as profissões, as que são simultaneamente mãe e pai, e os pais que também são mãe, tenham um dia muito feliz!